30 de Março, 2025 – Salmos 35 e 36

Salmos 35

De Davi.

1 Defende‑me, Senhor, dos que me acusam; luta contra os que lutam comigo.
2 Toma o teu broquel e o teu escudo; levanta‑te e vem socorrer‑me.
3 Empunha a lança e o machado de guerra contra os meus perseguidores. Diz à minha alma: “Eu sou a sua salvação”.
4 Sejam humilhados e desprezados os que procuram matar‑me; retrocedam frustrados os que tramam a minha ruína.
5 Que eles sejam como a palha ao vento, e que o anjo do Senhor os expulse;
6 seja a vereda deles sombria e escorregadia, e que o anjo do Senhor os persiga.
7 Já que sem motivo prepararam contra mim uma armadilha oculta e sem motivo abriram uma cova para mim,
8 que a ruína lhes sobrevenha de surpresa: sejam presos pela armadilha que prepararam; caiam nela para a sua própria ruína.
9 Então, a minha alma exultará no Senhor e se regozijará na sua salvação.
10 Todo o meu ser exclamará: “Quem se compara a ti, Senhor? Tu livras os necessitados daqueles que são mais poderosos do que eles, livras os necessitados e os pobres daqueles que os exploram”.
11 Testemunhas maliciosas enfrentam‑me e questionam‑me sobre coisas de que nada sei.
12 Elas me retribuem o bem com o mal; a minha alma está desolada.
13 Contudo, quando estavam doentes, eu me vesti com pano de saco, humilhei‑me com jejum, mas a minha oração retornava sem resposta.
14 Saí vagueando e pranteando, como por um amigo ou por um irmão. Eu me prostrei enlutado, como quem lamenta por sua mãe.
15 Mas, quando tropecei, eles se reuniram alegres; sem que eu o soubesse, ajuntaram‑se para me atacar. Eles me agrediram sem cessar.
16 Como ímpios caçoando do meu refúgio, rangem os dentes contra mim.
17 Senhor, até quando ficarás olhando? Livra‑me dos ataques deles, livra a minha vida preciosa desses leões.
18 Eu te darei graças na grande assembleia; no meio da grande multidão te louvarei.
19 Não deixes que os meus inimigos traiçoeiros se divirtam à minha custa; não permitas que os que me odeiam sem razão troquem olhares de desprezo.
20 Não falam pacificamente, mas planejam acusações falsas contra os que vivem tranquilamente na terra.
21 Com a boca escancarada, riem de mim e me acusam: “Ah! Ah! Nós vimos com os próprios olhos!”.
22 Tu viste isso, Senhor! Não fiques calado. Não te afastes de mim, Senhor,
23 Acorda! Desperta! Faz‑me justiça! Defende a minha causa, meu Deus e Senhor meu.
24 Julga‑me conforme a tua justiça, ó Senhor, meu Deus; não permitas que eles se alegrem à minha custa.
25 Não deixes que pensem: “Ah! Era isso que queríamos!”. Nem que digam: “Nós o engolimos vivo!”.
26 Sejam humilhados e frustrados todos os que se divertem à custa do meu sofrimento; cubram‑se de vergonha e desonra todos os que se acham superiores a mim.
27 Cantem de alegria e regozijo todos os que desejam ver provada a minha inocência e sempre repitam: “O Senhor seja engrandecido! Ele tem prazer no bem-estar do seu servo”.
28 Então, a minha língua proclamará a tua justiça e o teu louvor o dia inteiro.

Salmos 36

Para o mestre de música. De Davi, servo do Senhor.

1 Há no meu íntimo um oráculo a respeito da maldade do ímpio: Não há temor a Deus diante dos seus olhos.
2 Ele se acha tão importante que não percebe nem odeia o seu pecado.
3 As palavras da sua boca são maldosas e traiçoeiras; abandonou o bom senso e não quer fazer o bem.
4 Até na sua cama planeja maldade; nada há de bom no caminho a que se entregou, e ele nunca rejeita o mal.
5 O teu amor leal, Senhor, chega até os céus; a tua fidelidade, até as nuvens.
6 A tua justiça é como as mais altas montanhas; os teus juízos, como as profundezas do mar. Tu, Senhor, preservas tanto os homens quanto os animais.
7 Como é precioso o teu amor leal, ó Deus! Todo ser humano encontra refúgio à sombra das tuas asas.
8 Eles se banqueteiam na fartura da tua casa; tu lhes dás de beber do teu rio de delícias.
9 Pois em ti está a fonte da vida; na tua luz, vemos a luz.
10 Estende o teu amor leal aos que te conhecem; a tua justiça, aos retos de coração.
11 Que os pés do arrogante não me pisoteiem nem a mão do ímpio me faça recuar.
12 Vejam bem como os malfeitores caíram: lançados ao chão, são incapazes de levantar‑se!

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